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O que trazes nos bolsos? Sonhos a florir.

bolsos de educadora

Posso guardar no teu bolso?

Quantas vezes não ouvimos já nós, educadores, pais, tios, irmãos, avós, esta frase dita por bocas curiosas, esticadinhas em bicos de pés e com as mãos já encavalitadas para dentro dos nossos bolsos?

Quantas vezes, durante o dia ou só ao chegar o final do dia, metemos as mãos dentro dos bolsos e encontrámos uma quantidade absolutamente espantosa de objetos tão estranhos e díspares entre si mas que, todos juntos, nos fazem sorrir, lembrar de nomes, recordar momentos, ouvir palavras ou gargalhadas?

Um lenço com ranho, ou vários ranhos. Ou vários lenços.

Um caroço de azeitona, ou a azeitona inteira.

Totós e ganchos.

Peças partidas.

Tiras de fita-cola.

Migalhas.

Pedaços de folhas e terra.

Flores.

Os bolsos das crianças são enormes, cabendo lá dentro tantos mundos quantos aqueles que elas sejam capazes de imaginar, criar!

Mas também eles se esgotam em tamanho para tudo o que os seus corpos desejam absorver, recolher, guardar e possuir do mundo ao seu redor! É que este movimento de atração é, também, e talvez essencialmente, um movimento de construção.

Quando uma criança quer para si uma folha, um pau, uma pedra, um caroço de azeitona, um punhado de terra, ela está a dizer “eu sou isto, eu identifico-me com isto, eu quero experimentar isto.

Matéria natural, orgânica.

Espanto inicial, como diria o Alberto Caeiro, esse poeta todo criança porque todo fundido com a natureza ao seu redor e dentro de si.

Maria Montessori defende que a missão da criança neste mundo é participar da construção da identidade do ser humano que leva dentro, da sua relação consigo, com os outros e com o mundo que a rodeia.

É este movimento de atração que nos fascina; este espanto inicial e construtor que nos inspira a querer abrir este caderno e escrever, partilhar olhares e sentires sobre o quotidiano poético que habitamos e, tantas vezes, nem reparamos no belo de que está impregnado.

Desejamos que este seja um blog (ou um caderno) sobre os apontamentos poéticos que vão surgindo no quotidiano da Pólis Montessori – Educação para a Vida, para que a beleza não nos passe ao lado.

Um blog onde pulsará o nosso sentir sobre a realidade da infância que vivemos e construímos todos os dias, em equipa, na Associação Montessori – Cidade das Crianças, para que possamos tratar a esperança, sempre, por tu.

Acima de tudo, que este blog seja um lugar onde os sonhos ressuscitam e se tornam novamente possíveis.

Porque, às vezes, somos salvos pelos nossos sonhos. Outras vezes, são os sonhos dos outros que nos salvam!

A porta está aberta!

Podes entrar!

Sabes o que trazemos nos bolsos?

Sonhos!

Sonhos a florir!

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